Eugénio de Andrade faleceu, esta segunda-feira de madrugada, aos 82 anos, na sua casa no Porto.
O poeta, cujo nome verdadeiro era José Fontinhas, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 na Póvoa da Atalaia, Fundão, tendo-se mudado para o Porto em 1950, depois de ter fixado residência em Lisboa em 1932.
A sua obra poética e em prosa foi inúmeras vezes premiada e já foi traduzida em diversas línguas, incluindo o chinês e o russo.
O poeta iniciou a sua carreira literária em 1936, quando escreveu os primeiros poemas, o primeiro dos quais intitulado «Narciso» e que foi publicado três anos depois.
A consagração surge em 1948 com a publicação de «As mãos e os frutos», obra que foi sucedida por dezenas de outras obras como «Os amantes sem dinheiro» e «As Palavras Interditas».
Eugénio de Andrade recebeu, entre outros, o Prémio da Associação Internacional dos Críticos Literários (1986) e o Prémio Camões, em 2001.
«É um dia de luto, mas à maneira de Eugénio de Andrade, um luto oriental, um luto branco, mais do que negro, porque ele foi e é nos seus poemas o poeta solar por excelência, que dedicou ao canto de que a vida tem de mais exaltante, toda a sua capacidade de sonhar».
(Eduardo Lourenço)
(TSF online)
Balança
No prato da balança um verso basta
para pesar no outro a minha vida.
(Eugénio de Andrade)
segunda-feira, junho 13, 2005
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