terça-feira, janeiro 23, 2007

SIM

sábado, janeiro 20, 2007

o aborto e os impostos

E que tal contribuir com os meus impostos para:
- pagar os actos médicos que implicam trazer ao mundo crianças não desejadas e rejeitadas pelos pais?- pagar os anos de institucionalização das mesmas em colégios e centros de acolhimento? ou, então,- pagar as contas de hospital, muitas vezes os enterros, destas crianças, quando são deixadas a cargo dos tais pais contrariados que, em combinação com personalidades disfuncionais, alcoolismo, drogas e crueldade pura, as negligenciam, maltratam fisica e psicologicamente e, por vezes, as matam?- pagar a diária da prisão (consta que é um balúrdio...) destes pais que maltratam, quando a Justiça, por acaso, é mais ou menos justa e os consegue alcançar?- pagar a alimentação, o vestuário, a educação especial, as televisões e as playstation de adolescentes grávidas que brincam às bonecas em casas de acolhimento e às quais não foi dada qualquer hipótese de escolha? E que passarão os anos seguintes das suas vidas a viver à custa do Estado, até não saberem fazer outra coisa que não sorver subsídios?- pagar a liberdade, sempre vinda antes de tempo, dos pais maltratantes, com subsídios de "desemprego", de "exclusão", ou lá o que é, e pagar-lhes a renda vitalícia do realojamento no bairro social?
(e é que não saíamos daqui...)
Olhem, filhos, gastar os meus impostos a alimentar os podres de um sistema que, basicamente, se está a cagar para o destino das criancinhas, uma vez fora do útero, e que permite que andem em bolandas de sofrimentos vários, isso é que NÃO, OBRIGADA. Tenham juízo (ou, ao menos tenham bom-senso nas mensagens ridículas e demagógicas que escolhem para os vossos mupis e outdoors.
escrito por vieira do mar, na controversa maresia (clicar no texto)
O mistério dos preços da electricidade e dos combustíveis

José Gomes Ferreira
Sic Online

Começo por confessar: não conheço muito em pormenor a regulação do mercado da electricidade, tal como imagino que muitos jornalistas, apesar de especializados na área económica, também não conheçam profundamente esta matéria bastante complexa. Mas há factos que só podem ter uma interpretação: durante muito tempo, várias entidades andaram a esconder a realidade aos consumidores portugueses de energia, seja de electricidade, gás ou outros combustíveis. Factos: a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propôs ao Governo, no final do ano passado, um aumento de 15,7 por cento no preço da electricidade para os consumidores domésticos. O presidente da ERSE era Jorge Vasconcelos. Primeiro, o Governo entrou em contradições. Depois anunciou que o aumento máximo não podia ultrapassar os seis por cento. Zangado, Jorge Vasconcelos viria a bater com a porta porque estava em causa a independência do regulador do mercado. Na altura, comentei na antena da SIC que a questão de fundo, que ninguém queria discutir em Portugal, era a elevada margem de lucro dos produtores de electricidade. Lembrei que, em Espanha, o também elevado aumento do preço da electricidade proposto pelo regulador tinha sido evitado pelo Governo de Madrid, porque se sentou à mesa com os produtores e convenceu-os a reduzirem as suas margens. Lembrei que os lucros da EDP iam atingir um valor recorde em 2006, tal como os da Galpenergia, num ano em que o preço do crude tinha disparado. Isto é, os consumidores de electricidade, gás, gasolina e gasóleo estavam a ser duplamente penalizados. Na altura, sobre estas observações, fez-se um silêncio incómodo. Nem EDP, nem Galpenergia, nem Governo, nem reguladores, ninguém disse uma palavra. Apenas recebi um telefonema de um responsável de uma produtora de electricidade, para uma conversa em off, dizendo-me que eu não tinha razão. Mas não quis prestar declarações públicas... Já no início deste ano, o Governo disse que era necessário investigar a eventual concertação dos preços dos combustíveis e a Autoridade da Concorrência anunciou a abertura de uma investigação. A mesma entidade publicou entretanto um relatório a dar conta da coincidência de preços dos combustíveis e a dizer que os preços do gás engarrafado em Portugal - antes de impostos - são muito elevados face a outros países europeus. Esta quarta-feira, o presidente da ERSE foi ao Parlamento dizer que o aumento das tarifas eléctricas para os consumidores domésticos em 2007 podia ter sido inferior a 6 por cento e que o Governo podia ter negociado com os produtores uma redução dos proveitos. Disse também que "todos os Governos, sem excepção, desde 1997 até hoje, beneficiaram os produtores de electricidade à custa dos consumidores". Finalmente, Jorge Vasconcelos pôs o dedo na ferida. Ainda bem que o fez. Mas fê-lo quando já não é presidente da ERSE. Não podia ter levantado a questão antes, quando propôs os tais 15,7 por cento de aumento da electricidade? E o Ministério da Economia, de que está à espera para lançar a discussão sobre este assunto em Portugal?

sexta-feira, janeiro 05, 2007

a propósito do referendo do aborto

O comentário de João Pinto e Castro no http://blogoexisto.blogspot.com/:
O argumento a favor do "não" descambou recentemente do discutível mas respeitável plano da defesa da vida para um outro mais mesquinho de defesa do bolso do contribuinte. Para além de os custos médios de um aborto apresentados por Maria José Nogueira Pinto serem completamente fantasiosos, faltaria ainda saber se, mesmo numa perspectiva de mero cálculo económico, não se revelarão ainda maiores os custos de tratamento de mulheres vítimas de abortos clandestinos feitos em precárias condições de higiene e segurança. Mas é claro que, quando António Borges, com aquele seu arzinho de quem percebe de tudo menos do que interessa, explica aos alunos que na ideia dele todos somos, que, por cada 2,6 abortos há uma operação que deixa de se fazer, a gente entende que o que está em causa é outra coisa.A insensibilidade revelada pelos que assim argumentam face aos sofrimentos provocados pelo aborto clandestino é, afinal, da mesma natureza que aquela que incita a populaça a recusar que o "seu dinheiro", o dinheiro "dos seus impostos", alimente, por exemplo, programas de rendimento mínimo garantido. Admito que esta inflexão táctica renda votos aos partidários do não; mas parece-me que se trata de um argumento indigno pelo que revela de cego egoismo social e, afinal, de desprezo pela vida de pessoas que se encontram, de facto, vivas.

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