quarta-feira, julho 27, 2005

Burroso

"Um espectáculo de terror político"
Artigo do "Financial Times" arrasa liderança de Durão Barroso na Comissão Europeia
27.07.2005 - 11h24 PUBLICO.PT



Um artigo publicado no jornal "Financial Times" acusa Durão Barroso de falta de liderança na presidência da Comissão Europeia. O jornal cita vários líderes europeus e até membros da equipa do ex-primeiro-ministro português, que pedem mais acção no desempenho do cargo.

De acordo com o artigo, assinado pelo jornalista George Parker, o presidente da Comissão Europeia foi instado pelo chanceler alemão, Gerhard Schroeder, a alterar a forma como está a conduzir o executivo comunitário, durante um encontro num hotel em Aachen.

Segundo uma fonte não identificada pelo jornal, Schroeder pediu a Barroso que "mostre capacidade de liderança" e que faça frente ao primeiro-ministro britânico enquanto este presidir à União Europeia, já que Tony Blair tem como objectivo "destroçar a Europa". Durão Barroso terá então respondido que não abrirá mão de trabalhar em conjunto com Tony Blair.

O "Financial Times" afirma que as críticas à liderança de Barroso partem também do Parlamento Europeu e do interior da sua própria equipa, que o descrevem como "uma figura remota" que "não conseguiu dominar a máquina de Bruxelas".

O comissário europeu do Comércio, o britânico Peter Mandelson, afirmou durante um discurso proferido na semana passada, em Bruxelas, que "neste Outono a Comissão terá de ser ousada".

Depois de classificar os 12 meses da presidência Barroso como "um espectáculo de terror político", o artigo do "Financial Times" descreve algumas das situações que considera mais demonstrativas da alegada falta de liderança do ex-primeiro-ministro português: a escolha do italiano Rocco Buttiglione para comissário da Justiça; as suas férias a bordo do iate do milionário grego Spiros Latsis; e a posição em relação ao resultado dos referendos sobre a Constituição europeia em França e na Holanda - o jornal diz mesmo que o Presidente francês, Jacques Chirac, aconselhou Barroso a não se manifestar publicamente sobre o referendo em França -.

Apesar das críticas, o "Financial Times" admite que o trabalho de Durão Barroso está mais dificultado pelo facto de ter sido o primeiro presidente eleito sem o total apoio de França e da Alemanha.

"Ele entende o seu papel de forma diferente da visão paternalista da Comissão Europeia no passado", afirma um dos membros da sua equipa que o "Financial Times" também não identifica. "Se ele consegue trabalhar com os nossos amigos britânicos, tanto melhor", considera a mesma fonte.

(Público on-line)

1 comentário:

Anónimo disse...

bom comeco

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