quarta-feira, julho 20, 2005

Cinema

"Olá, sou o Albertino, director de uma empresa de distribuição de cinema e sou atrasado mental..."

Esta frase não é uma citação fidedigna, mas é quase... Quando existe tanto cinema mundial de qualidade e somos brindados com filmes como "O filho da Máscara" ou aquele da Jennifer Lopez que vai estrear, algo vai mal. Desde filmes de qualidade com anos de atraso, à inserção nas salas de todas as comédias românticas que conseguem arranjar (mesmo que não apareça o Hugh Grant), as salas de cinema portuguesas continuam a ser uma desolação sem fim à vista.

Já ouvi várias teorias de que temos o cinema que o público merece, mas também não há educação, um certo brio das distribuidoras nacionais. É o sindrome tipicamente português de quem abre um negócio: ganhar tudo de uma vez sem pensar em futuros ou no cliente. A crítica também não ajuda, porque o elitismo tem atingido pontos quase gritantes por parte dos profissionais.

O cinema nas nossas salas resume-se a produções em massa baseadas em templates testados e comprovados. Tudo americano e de Hollywood. Cinematografias asiáticas, europeias e sul-americanas quase nem aparecem. E são cinematografias comerciais... Já nem falo em cinema africano, iraniano ou Indiano, já ficava satisfeito com qualquer coisa que não me faça lembrar os actores do Dallas. Não admira que o pessoal "importe" cada vez mais cinema, passando ao lado do circuito nacional da distribuição.

visto no 'Cinema Xunga'

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