"Os grandes vultos de Azeredo e Madalena Perdigão foram os motores de uma instituição com um prestígio e dignidade notáveis. O amor pelas pessoas e pela cultura de Azeredo Perdigão obrigava a preços muito económicos nos concertos, Perdigão se visse pessoas à porta do grande auditório sem bilhete, muitas vezes jovens sem dinheiro, dizia aos porteiros: “deixem entrar toda a gente, não fica ninguém à porta na Fundação Gulbenkian”. Longe estão os dias de Azeredo Perdigão, longe está a elegância e a qualidade do homem que fez da instituição o verdadeiro ministério da cultura de Portugal. Hoje em dia a administração da Gulbenkian decide acabar com um património, que já não é pertença de uma instituição mas universal, de um dia para o outro, sem reflexão pública, de forma autoritária e como se tratasse de uma empresa que se quer deslocalizar. O respeito pelo público e pelos artistas foi o primeiro património a desaparecer o que se seguirá?"
Texto de http://criticomusical.blogspot.com
sexta-feira, julho 15, 2005
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