Primeiro 'robotarium' do mundo abre no Outono
O que será o primeiro robotarium do mundo está a ser instalado num novo jardim de Alverca, estando a inauguração deste projecto inovador, que alia a arte à ciência, previsto para o próximo Outono. A comunidade robótica que vai nascer no Jardim de Arcena/Bom Sucesso, nos arredores de Alverca, será constituída por 30 a 40 elementos de várias espécies e tamanhos, com formas de pequenos carrinhos, de bolas, de insectos e outros animais de pequeno porte. Os robots, que vão usar tecnologia em tudo semelhante à dos congéneres da NASA, terão capacidade para se movimentarem e irão identificar obstáculos. Este projecto de arte pública, que começou a ser desenvolvido em Maio de 2004, pelo arquitecto e artista plástico Leonel Moura, será incluído no programa de requalificação urbana Proqual em curso nos dois bairros alverquenses. A implementação de robótica está a cargo da empresa portuguesa IdMind, com o apoio da Câmara de Vila Franca de Xira. Para demonstrar como irão circular os robots que idealizou, o autor usa a imagem de um aquário gigante que "em vez de ter peixes tem robots lá dentro". Para distinguir as várias espécies de robots que vão viver no "robotarium", Leonel Moura utiliza "aquilo que é mais relevante na sua existência o movimento; isto é, se usam rodas, rastejam, dão saltos. Também são usadas referências de tipo genético: alguns robots simulam comportamentos parecidos com insectos, outros com veículos, outros imaginários", descreve. Os robots foram concebidos de forma a resistirem ao tempo, aos embates e à poluição, na perspectiva de terem uma "esperança de vida" longa. Os autómatos serão movidos a energia solar e por isso as estruturas terão limitações na sua forma, no peso e no modo de se deslocarem. Para poupar a energia que acumulam com a luz do sol, descansam à noite. Leonel Moura diz que esta intervenção artística é indissociável do lado lúdico gerado por este projecto, porque "as pessoas vão ver os robots a movimentarem-se e será também uma forma de estimular o interesse dos jovens pela ciência". O autor já divulgou o "robotarium" em várias cidades europeias e meios universitários estrangeiros. Évora, Pequim, Berlim, Roterdão, Lyon e Paris foram algumas delas. Também Madrid e Bolonha já estiveram na rota do projecto.
(Kim Hunter)
segunda-feira, julho 18, 2005
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